Receba o Socorro do Senhor (Parte II)

Deus nos socorre com o seu poder
(Ap 19:6; Jr 32:17, 27).
Deus pode fazer qualquer coisa que Lhe agrada, mas as Suas ações estarão sempre de acordo com o resto de Seu caráter. E algo que sempre Lhe dará prazer é socorrer seus servos que estejam necessitados da Sua intervenção.


I. DEUS NOS SOCORRE PELA SUA SOBERANIA
Por ser Deus e Criador de todas as coisas, Deus tem o direito de governar as Suas criaturas como desejar; nada está fora do Seu controle. As Escrituras ensinam que:
Ele realiza os Seus desejos e ninguém pode detê-lo (Dn 4:34-25);
Ele usa as nossas vidas como quiser (Rm 9:21-26);
Ele é dono de todas as coisas (Ex 9:29);
Ele é o Senhor de todos (At 10:36; Rm 10:12);
Ele faz o que quer, como quiser e quando quiser (Is 46:9-10; Mt 20:15).


II. DEUS NOS SOCORRE PELA SUA SABEDORIA
Isto significa dizer que Deus tem uma inteligência maravilhosa e inigualável, que lhe permite realizar os Seus excelentes propósitos através dos melhores meios. Sobre esse atributo, a Palavra de Deus nos mostra que:
Ele fez tudo com sabedoria (Sl 104:24; Jr 10:12)
Ele é a fonte da sabedoria (Dn 2:20-21)
Ele dá sabedoria quando pedimos com fé (Tg 1:5)
Ele possui uma sabedoria inexplicável (Rm 11:33)
Ele revelou perfeitamente a Sua sabedoria em Cristo (I Co 1:24-25, 30).


III. DEUS NOS SOCORRE PELA SUA ONIPOTÊNCIA.
Isto quer dizer que Deus está presente em todos os lugares no que tange às suas criaturas.Com relação à onipresença de Deus, a Bíblia ensina que:
Ele está com os Seus servos (Gn 28:15; Mt 28:19-20);
Ele está com aqueles que O invocam (Mt 18:29-20);
Ele está com a Sua igreja (Ef 2:12-22);
Ele habita nos salvos (I Co 3:16-17)

 

IV. DEUS NOS SOCORRE PELA SUA ONISCIÊNCIA.
Ou seja, Ele conhece todas as coisas; Ele sabe de tudo o que acontece. A Bíblia revela que:
Ele tem ciência de todas as coisas que acontecem (Hb 4:13)
Ele conhece os nossos pensamentos (I Cr 28:9; Sl 139:1-4)
Ele sabe o futuro (Is 46:10)
Ele sabe do que nós precisamos (Mt 6:8, 32)
Ele conhece a cada pessoa individualmente (Pv 15:3)

 

 

Receba o Socorro do Senhor

Introdução:
Falaremos sobre as intervenções de Deus em nossa vida visando nos ajudar, prestar-nos auxílio e apoiando-nos em nossas carências. Mas o que tem haver o caráter de Deus com o nosso socorro?

I. O SENHOR NOS SOCORRE PORQUE ELE É AMOR


1. O amor de Deus que socorre o homem tem como base a graça d'Ele.
a) O que é Graça? É o dom gratuito e sobrenatural dado por Deus para conceder à humanidade todos os bens necessários à sua existência e à sua salvação. Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. (Gênesis 6:8 ) Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. (Atos 15:11 ) Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a graça que ele me deu não ficou sem resultados. Pelo contrário, eu tenho trabalhado muito mais do que todos os outros apóstolos. No entanto não sou eu quem tem feito isso, e sim a graça de Deus que está comigo. (1 Coríntios 15:10 ) Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? (Romanos 6:1, 2 )
b) Por isso, Deus socorre até quem não lhe é fiel. Isto ocorre porque Deus não nos dispensa sua graça por alguma obra que venhamos a lhe fazer (Rm 11.6). Por isso, embora o general Naamã comandasse o exército sírio, inimigo visceral de Israel, Deus lhe socorreu dando vitória ao povo dele (2 Re 5.1). Outro exemplo de que o Senhor socorre pela sua graça até quem não lhe é fiel é o fato de o Senhor chamar os etíopes de filhos; haver libertado não somente Israel do Egito, mas também os filisteus, de Caftor; e livrado os siros de Quir. (Am 9.7). A graça é universal (ou seja, para toda a humanidade), mas que pode ser recusada livremente pelo Homem.
c) Por isso, Deus tem prazer em socorrer os que O servem.
3. O amor de Deus é manifesto em sua identificação e misericórdia para conosco.
4. O amor de Deus tem dupla face: Graça e Misericórdia.


II. O SENHOR NOS SOCORRE PORQUE É FIEL E VERDADEIRO


1. Deus é inalteravelmente Fiel. Por isso, podemos esperar o seu socorro. Ainda que nós venhamos a falhar com Deus, Ele permanece fiel (1Tm 2.13)


2. Deus é confiavelmente Fiel. Há inúmeras promessas de livramento e proteção para nós e o caráter do Senhor nos leva a confiar em suas promessas e em seu socorro, quando necessitarmos ( 1Ts 5. 24b). A forma com a qual Deus tratou seus servos que erraram, por exemplo:
a) Abrão mentiu dizendo que sua mulher era sua irmã (Gn 12. 13); mas, Deus livrou a família de Abraão de forma fortíssima (Gn 12.17-20).
b) Davi adulterou com Bate-Seba (2 Sm 11.1-5) e provocou vergonhosamente a morte do marido dela (2 Sm 11.15); mas, depois de sua confissão ainda que forçada (2 Sm 12.13a), Jeová não permitiu que o pecado de Davi o matasse (2 Sm 12.13b).
c) Jonas fugiu da presença do SENHOR para não ir a Társis (Jn 1.3), quando lá foi, pregou de má vontade; todavia, mesmo assim o Senhor o usou (Jn 3.10); e com paciência o adverte, questionando-o sobre sua própria compaixão (Jn 3.9-11).
d) Judas, Pedro e os demais discípulos prometeram lealdade a Jesus até a morte (Mt 26.35), mas abandonaram, traíram e negaram Jesus, no momento que do seu lado humano, Ele mais precisava deles. Todavia, a maneira com que Jesus tratou seus discípulos, especialmente Pedro; e até mesmo as tentativas para que Judas se arrependesse, tais como: honrá-lo dando o pedaço de pão com molho (Jo 13.26), lavar os seus pés, chamá-lo de "amigo" (Mt 26.50) e aceitar o seu beijo (Mc 14.45). Todas estas ações de Jesus provam de que Ele permanece leal.


III. O SENHOR NOS SOCORRE PORQUE A SUA BENIGNIDADE PRODUZ ATOS DE BONDADE PARA CONOSCO

1. O Senhor é bom porque é benigno. Podemos confiar no Senhor (Sl 13.5). Senhor nos acode com o suprimento de nossas necessidades. Ele provê, por sua benignidade, todas as nossas necessidades, quer materiais (a chuva e as colheitas, At 14.17), quer espirituais (a alegria, At 14.17; a sabedoria, Tg 1.5), quer relacionais (ganhar a simpatia dos outros, Gn 39.21), e, especialmente seus livramentos (Sl 68.20). O Senhor tem mostrado o seu amor para conosco atrave´s dos seus contínuos atos de bondade. Constantemente ele estende as sua mãos para nos ajudar e para nos dar livramento, os seus ouvidos esta~o sempre prontos para nos ouvir; ale´m de não nos tratar segundo os nossos erros, mas sempre com brandura e miserico´rdia. Jesus, como Filho de Deus, andou em bondade para com os homens em todo momento de sua vida. Va´rios versi´culos no livro de Salmos falam sobre a "bondade de Deus", vejamos: Salmos 25:8; 34.8; 100.5 e 145.9.

 

Conclusão: Portanto, a bondade de Deus resume o caráter de seu grande amor, de sua infinita graça e de sua incomensurável compaixão e paciência em relação ao pecador. Se não fosse pela aplicabilidade deste importante atributo de Deus, o mundo já não existiria mais. Se não fosse pela bondade de Deus, a vida seria impossível de ser vivida. Devemos orar pedindo que nos livre do mal (Mt 6.13a). Devemos não banalizar a graça e a fidelidade e consequentemente os seus livramento. Devemos ter uma atitude de gratidão, de louvor e adoração para com Aquele que nos socorre. Além disso, como filhos de Deus, participantes da natureza divina (2 Pe 1.4), devemos procurar ajuda àqueles que carecem de socorro.

 

 

O fariseu e o publicano

Texto: Lucas 18.9-14
Introdução: Jesus, vendo a situação da sociedade à sua volta, tocou na essência do problema. As pessoas eram religiosas, praticantes do judaísmo, mas suas relações eram marcadas pelo desprezo, pela falta de amor, compaixão, respeito e consideração, conforme se vê no versículo 9. A religião, portanto, pode produzir resultados contrários ao que dela se espera. As religiões tem feito mais para separar as pessoas do que para uni-las. Para atacar a raiz do problema, Jesus contou uma parábola. Esta era uma forma de denunciar o mal sem citar nomes, sem apontar diretamente para as pessoas presentes. A parábola era um "caso" fictício que levaria os ouvintes à reflexão. Cada um se identificaria com um dos personagens.


- Dois homens vão ao templo para orar. Eram aparentemente iguais. Ambos estavam realizando um ato religioso: a oração. Assim como Caim e Abel trouxeram ofertas a Deus, embora fossem muito diferentes um do outro. Vendo uma multidão que se dirige ao culto, talvez consideremos todos iguais, dignos de serem congratulados por seus atos.


- Uma pessoa mal informada, valorizaria os 2 homens da mesma forma, pelo simples fato de irem ao templo orar.


- Uma pessoa bem informada, sabendo quem eram o fariseu e o publicano, valorizaria o primeiro e desprezaria o segundo. O fariseu era um religioso, membro de uma seita judaica, zeloso pela lei de Moisés e pelo cumprimento das tradições. O publicano era um cobrador de impostos, um judeu que recolhia tributos dos judeus para entregar aos romanos. Era considerado um traidor, a escória da sociedade, desprezado e rejeitado. Do ponto de vista humano, as pessoas são valorizadas ou não, dependendo de suas posições sociais ou religiosas, sua reputação, seus rótulos pejorativos ou títulos honoríficos. Daí vem os preconceitos e as generalizações.


- Deus, sendo onisciente, valorizava os dois de igual modo, mas não pelos atos religiosos em si, pois ele não se engana pelas aparências. Apesar de valorizar os dois, Deus reprovaria um deles. As portas do templo estavam abertas ao fariseu e ao publicano. Deus valoriza a todos, recebe a todos, mas deseja que tenhamos a atitude correta em sua presença.


- As duas orações
Temos a tendência de valorizar os atos religiosos, como se fossem um fim em si mesmos. Se oramos durante 1 hora, já ficamos satisfeitos. Entretanto, não basta orar. É preciso saber porquê oramos, o quê dizemos em nossas orações e qual é o seu resultado.


- A oração do orgulho. O fariseu fez apenas um relatório de sua vida religiosa. O problema estava na motivação. Por trás da oração havia: mero costume religioso, orgulho, soberba, presunção, egoísmo, auto-confiança, além de toda a atitude negativa contra o publicano que ali estava.
Apesar disso, o fariseu tinha muitas qualidades, conforme ele mesmo propagava. Jesus não disse que aquele homem estivesse mentindo. Era tudo verdade (18.11-12). Ele evitava alguns pecados e fazia algumas coisas boas. Porém, o pecado do orgulho e da falta de amor ao próximo passou-lhe despercebido. Observe a sutileza da iniquidade. Evitamos o que é considerado grande e escandaloso, mas cultivamos males interiores, embora igualmente mortíferos. Sua auto-imagem (algo tão valorizado atualmente) era a melhor possível, mas não correspondia à forma como Deus o via.
O fariseu estava muito satisfeito consigo mesmo porque se comparava ao publicano e aos piores homens da sociedade. Ele não tinha em vista o padrão divino. Sua noção de justiça própria se alimentava da observação da injustiça alheia. Se, de outro modo, nos compararmos ao Senhor Jesus, sempre teremos algo para reconhecer, confessar e mudar. Nunca seremos arrogantes ou jactanciosos.
Em sua oração, o fariseu agradecia, não pelas obras de Deus, mas por suas próprias obras.
Em sua oração, o fariseu citou o publicano, não para interceder por ele, mas para acusá-lo.
Perdeu, portanto, uma grande oportunidade de orar bem. Deus estava ali para ouvi-lo, mas ele só disse bobagens.


- A oração da humildade e do arrependimento O publicano tinha consciência do seu pecado. Isto é fundamental para que haja perdão. Sua auto-imagem era ruim, porém realista. Ele se humilhou diante de Deus, pedindo misericórdia. Tal atitude agradou o coração do Senhor.


- O resultado da oração A oração do fariseu não obteve resposta porque ele não perguntou nada nem pediu coisa alguma, mas apenas teceu elogios a si mesmo. Eis o exemplo de uma oração absolutamente inútil. Dessa forma, muitos fariseus freqüentavam o templo em vão durante toda a vida. A oração do publicano obteve resposta, resultado. Ele foi justificado e perdoado por Deus. Sua oração provocou uma ação divina a seu favor.


Conclusão:

- Mais vale um pecador arrependido do que um justo orgulhoso.
- O fariseu era um "falso justo" (18.9). O publicano se tornou justo de fato, pois foi "justificado" por Deus.
- Deus está pronto a perdoar. E nós? Estamos prontos para reconhecer o pecado e perdir perdão?
- Jesus é o observador onipresente. Ele vê quem está no templo, o que está fazendo, sua intenção, seu caráter, etc.
- O publicano voltou para casa justificado. O fariseu voltou da mesma forma como saiu, embora estivesse satisfeito por ter cumprido sua obrigação religiosa. Como você voltará para casa hoje?

 

 

A espera da promessa

Texto referência: Marcos 8.22-25
Vivemos no mundo do fast food, tudo tem que ser na hora e do nosso jeito. Isso é tão forte em nossas vidas que transportamos essa realidade para nossas petições a Deus. Queremos algo e queremos agora! No entanto, podemos perceber na Palavra de Deus várias situações em que, Jesus, ao ser solicitado para realizar um milagre, não fazia de forma instantânea. No caso do texto que introduz este estudo, a cura do cego foi gradual. Foi assim também com Abraão, que teve que esperar 20 anos para ver o cumprimento da promessa de que sua esposa teria um filho. Existe um intervalo entre a promessa e o milagre, e nem sempre ele é curto. Investir em oração nesse intervalo é um teste de fé e pode ser duro.


DEUS TESTA A NOSSA FÉ POR MEIO DOS APARENTES ATRASOS
Odiamos esperar engarrafamentos, filas de banco e atendimentos em hospitais, queremos nossos problemas resolvidos imediatamente. Um bom exemplo de espera foi do povo de Israel guiado por Moisés no deserto, uma jornada que deveria ser feita em duas ou três semanas foi concluída em 40 anos. Em Deuteronômio 8.2, podemos ver por que o Senhor permitiu que ficassem tanto tempo ali: para prová-los, para ver o que tinham no coração.
PERGUNTA: O que temos alimentado em nosso coração durante o tempo da espera do milagre?


TEMPO DE PERSEVERAR
A chave para vencer a provação do tempo é corrermos contra todos os obstáculos sempre com os olhos mantidos no alvo. Em Tg 1.2-4 o autor fala que a provação nos tornará íntegros e perfeitos. É o mesmo princípio defendido pelo apóstolo Pedro em sua primeira carta, 1 Pe 1.6-7. Quando não entendemos esse princípio começamos a tentar "ajudar" a Deus, foi o que Abraão fez, ele não conseguiu esperar e teve um filho de um sserva de sua esposa, sendo que a promessa é que ele teria um filho com sua esposa. Quando fazemos algo por nosso próprio intermédio nada mais é que obra da carne.


AJA POR FÉ
Muitas pessoas esperam pelo cumprimento da promessa, mas não se preparam para o milagre. Certa vez, uma igreja estava fazendo uma campanha de oração para que Deus fizesse chover, pois passavam por um longo período de seca. No dia da primeira reunião de oração o pastor mandou todos os membros que não tinham levado guarda chuva voltarem para casa.

PERGUNTA: Como você tem se preparado para a chegada do seu milagre?


SIMPLESMENTE OBEDEÇA
Obediência à Palavra de Deus é um ingrediente essencial para que um milagre aconteça. Tudo que Deus nos promete é possível (Lc 1.37); todavia, nem sempre vai acontecer da forma que imaginamos. Foi assim que Pedro foi surpreendido por Jesus depois de uma noite inteira sem ter conseguido pescar nada. Em Lc 5.4-6, Jesus lhe dá um comando para pescar e ele afirma que apesar de ter sido uma noite improdutiva, ele lançaria a rede por que estava fazendo aquilo sob a palavra de Cristo.
PERGUNTA: Deus já lhe mandou fazer alguma coisa que você julgou ser absurda; porém você obedeceu e, por isso, recebeu o seu milagre?
É sobre a Palavra do Senhor que apoiamos nossa fé, mas ela precisa ser acompanhada de obediência. Seguir a Deus é essa deliciosa experiência de viver o imprevisível. Assuma também esse risco e seja surpreendido!

 

 

 
bannerlive

 

iembannerterrasbiblicas2025